VIDA CONJUGAL

 

VIDA CONJUGAL

               Uma pessoa amiga, minha irmã de alma, me falou que a sua vida conjugal não vai bem.  Disse-me que o casal ainda está sob o mesmo teto, mas num quadro de separação invisível. Vivem como se fossem dois estranhos, distanciados emocional e intimamente. Disse-me também: têm nos faltado palavras de afetos, e sobram-nos palavras que ferem e matam elos de boa convivência e de amor. Acrescentou, ainda, que percebe que o seu casamento chegou ao final, e pensa em separação.  Depois disso, me pediu um conselho, com lágrimas no olhar. 

                Apesar de não entender de conflitos conjugais, eu disse a minha amiga que há quem julgue a rotina como a grande vilã desses fatos conjugais, embora não seja o único fator.  A psicologia afirma que além da rotina, a falta de diálogo e os ciúmes descontrolados não combinam com família que é uma instituição de Deus (Gênesis 1:27-28). Só que os conflitos conjugais não acontecem de um dia para a noite, ganham força dia a dia. É como uma semente, só germina e cresce se for regada.

                 O certo é que quaisquer decisões ao meio dessa efervescência, onde o ódio e o amor se digladiam, tem que haver a prevalência do bom-senso e medidas inteligentes. Antes de qualquer decisão, é bom discutir a relação de forma aberta, sob a luz da sinceridade. Isso acende a confiança entre o casal, libera o respeito mútuo, promove ajustes no campo da paz ou até do verdadeiro amor. Por que não? Afinal, não se deve abandonar o livro da vida, enquanto não se ler a sua última página; pois, nela pode estar a solução para pôr fim no caos ora relevante, onde deveria prevalecer o brilho do amor.

Wenceslau da Cunha


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