A VELHICE DÓI
A VELHICE DÓI A vida passa como um vento e vai destruindo a nossa espiral de ilusões. A velhice chega. As faculdades físicas enfraquecem. Há pouca luz nos olhos. Tudo se escurece. As coisas em torno do idoso perdem o brilho. As canções de alegria ficam para trás, delas sobram apenas frases soltas, sem estribilho. Na velhice, nada é como antes, até os amigos, dos quais o idoso precisa tanto, ficam distantes. O tempo coloca uma bengala na mão do idoso e, com ela, ele dá passos com menos receio, em seu reduzido espaço, em seu pequeno meio. O seu meio se compõe de um velho banheirinho, quarto, sala e cozinha. E isso pode acontecer com o vovô ou a vovozinha! Os ouvidos do idoso se negam a ouvir, os dentes começam a cair com facilidade. O corpo dói devido à fragilidade. Num corpo cansado, a doença se instala, e dores nem se fala. Os jovens não percebem a fragilidade do ancião e não lhe dão a devida atenção. Sem saber que é nessa hora que a família tem a possibilidade de retribuir ao id