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Mostrando postagens de janeiro 28, 2022

AS TRÊS PENEIRAS

  AS TRÊS PENEIRAS   Um homem foi a Sócrates e disse-lhe: -Tenho algo sobre um amigo seu, para lhe contar. – Espere! – Disse Sócrates – preciso saber se essa informação passou pelas três peneiras. – Três peneiras? Que quer dizer isso? – Vamos peneirar aquilo que você quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Preste atenção! A primeira é a peneira é da VERDADE. Tem certeza de que isso que quer me dizer é verdade? – Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade. – A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deve ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não? Envergonhado, o homem respondeu: – Devo confessar que não. – A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pense bem se é útil o que veio me falar a respeito do meu amigo? – Útil? Na verdade, não. – Então, disse-lhe o sábio, se o que você quer me contar não é: verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guarde apenas para você.   Texto atribuído a Sócrates.  Wence

JÁ DECIDI

  JÁ DECIDI         Já decidi: não vou assistir nada mais que possa me deixar triste! Chega de ficar angustiado. Nem no espelho vou me olhar. As marcas do tempo estampadas no meu rosto me fazem chorar. No meu quarto nem espelho mais existe, já foi quebrado. Quebrei-o hoje. Enquanto eu mirava nele, vi-me cair ao chão despedaçado, em cacos.  Um espelho se assemelha à janela da vida, nos mostra o belo e o feio, não mente.         O espelho, em certos momentos, é-nos deselegante e nos deixa desapontado. No meu caso, ele só me mostra as marcas da velhice, com parecer bem cansado. Por isso, quebrei-o, nada mais quero ver que me deixe com a alma sofrida. O meu espelho se parecia com certas pessoas que só nos veem com olhos de crítica doída. Essas pessoas, há muito as deixei de lado, nos caminhos de vida esquecida.       Agora, para o meu espelho, deixo as minhas despedidas. Daqui pra frente, vai ser assim: vou olhar o mar, a lua, o céu e trocar olhares com as estrelas sorrindo pra mim. Calma!

O PASSARINHO

  O PASSARINHO   Um homem muito sábio vivia numa casa simples, solitariamente, apesar de sua relevante sabedoria. Certo dia, um jovem quiseram subestimar a inteligência desse nobre senhor e teve uma ideia: disse para os seus amigos: - Hoje, eu vou desbancar aquele senhor que acha que sabe tudo. Vou mostrar que ele erra também. Vou pegar um passarinho, bem pequeno, e colocá-lo entre as minhas mãos, vou até a ele e lhe perguntar: o que eu tenho nas mãos? Como ele é sábio, facilmente vai responder. É aí que eu vou lhe enganar. Depois que ele acertar que é um pássaro, vou lhe perguntar se o passarinho está vivo ou morto? Se ele responder que está vivo, eu aperto a mão e esmago o passarinho, mostrando para ele que está morto; se ele responder que está morto, eu abro a mão e o passarinho sai voando. De todo jeito, hoje, ele vai sair perdendo.   E assim fez: o jovem pegou o passarinho e foi, euforicamente, até a casa do sábio. Aproximou-se, todo vaidoso, e foi logo fazendo a pergunta