PAI ENTEDIANTE
PAI ENTEDIANTE
Há poucos dias, ouvi um jovem dizer: “O meu pai é uma pessoa muito
chata. Se eu chego tarde, em minha casa, depois da balada noturna, ele me
repreende. Ao me levantar, se eu deixar a minha cama em desalinho, ele faz observações.
Se deixo de lavar o copo e o prato que utilizo nas minhas feições, deixando-os
sujos sobre a pia, ele reclama”. Enfim, o meu pai é um porre!”
Os filhos não entendem que os pais que se importam com eles são os seus
educadores e jamais um azucrinante. Mesmo assim, que continuemos sendo um
“porre”, de acordo com o pobre conceito de nossos filhos; mas, não devemos
deixar nunca de sermos um didático orientador.
Certo dia, o meu filho chegou
embriagado em casa, pela primeira vez. Não vi aquele ato como sinônimo de
alcoolismo, mas como boa razão para uma conversa, e funcionou: ele nunca mais
bebeu bebidas alcoólicas. Logo, conclui que quanto mais cedo você começar a
orientar seu filho, melhor. Não adianta gritar, agredir ou dramatizar. O
diálogo é o melhor caminho.
O segredo é falar sobre qualquer assunto que manche os bons princípios, de maneira
aberta desde o inicio; porém, aos pais que vivem à mesa dos bares, ou cometendo
outros deslizes sociais, falta-lhes moral para isso. Que pena! Pai assim,
possivelmente, ganhará apenas mais um amigo para esvaziar garrafas na mesa de
um bar, ou, juntos cometendo atos que ferem a dignidade humana, nada mais. Não
adianta o pai ou mãe dizer: faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço.
Ato inútil, os filhos têm tendência de seguirem os pais, diz a psicologia.
Wenceslau da Cunha
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